Muitos cristãos têm idéias sobre Deus que vêm do pensamento grego, e não da Bíblia
Estamos continuando nosso estudo das mentiras do espirito anticristo. Começamos vendo na Biblia que o espirito antichrist nega que Jesus veio na carne e impede os Cristãos de andar na unção. Depois vimos que Jesus veio como homem porque Deus deu autoridade, ou “controle” na terra ao ser humano.
Em negar que Jesus veio na carne, o espirito anticristo diz que “Deus está em controle” de tudo, pois nega a autoridade e responsabilidade que Deus deu ao ser humano. Este frase parece muito espiritual, mas não é bíblico. Hoje vamos aprofundar um pouco mais como a ideia que “Deus está controlando tudo” veio dos setos e filosofias que negavam que Jesus veio na carne.
Também vamos a ver como esta crença impede a igreja de andar na unção e nos dá uma percepção de Deus que não se parece com Jesus. Ele nega a revelação da vontade e natureza de Deus que recebemos quando Jesus veio como Deus em um corpo humano.
“Se Deus Quisesse Te Salvar, Você Ja Estaria Salvo”
O evangelista famoso do Segundo Grande Despertar, Charles Finney, se chama “o pai do revivalismo moderno.” Com frequência, ele enfrentou a resistência dos Calvinistas a suas cruzadas evangélicas. Os Calvinistas acreditaram que a salvação e o avivamento dependiam completamente da vontade de Deus, então, se-opuseram à ênfase do Finney na responsabilidade do individuo a arrepender-se e voltar para Deus.
Em uma ocasião, Finney conheceu dois homens que estavam angustiadas sobre a condição das suas almas. Procuravam a salvação, mas não sentiam nenhuma paz. Os Calvinistas disseram para eles que, já que não sentiam nenhuma certeza da salvação, não deveriam ser “elegidos” de Deus para salvação. Os dois saíram desesperados, pensando que não havia nada que eles podiam fazer para escapar do inferno.
Finney assegurou-lhes que, se eles escolhessem arrepender e colocar a fé em Cristo, seriam salvos. Deus já tinha feito tudo para que fossem salvos, e a única responsabilidade que restava era deles. Quando esses dois homens se apoderaram da promessa de salvação e escolheram se voltar para Jesus, receberam paz e sentiram a certeza de que seus pecados foram perdoados.
Esta história é um bom exemplo de como um espírito anticristo se opõe à unção, dizendo que tudo depende de Deus. Poucas pessoas hoje pensam do mesmo jeito que aqueles Calvinistas do tempo de Finney em relação ao novo nascimento. Ensinamos às pessoas que se confessarem que Jesus é o Senhor e acreditarem que Deus o ressuscitou, serão salvos.[1] Isso é verdade, independentemente de seus sentimentos. Nunca dizemos para ninguém “Se você não se sente salvo, não deve ter sido a vontade de Deus para te salvar.”
Não peça que Deus faça o que ele te mandou fazer!
Embora que a maioria das pessoas rejeitem essa atitude determinista sobre o novo nascimento, muitas pessoas aplicam o mesmo raciocínio á cura física. Pensam que se a pessoa não está curada, curar não deve ter sido a vontade de Deus. Portanto, a mentira que Deus controla tudo está atrás da resistência á obra de Deus de curar as pessoas hoje, exatamente como estava atrás da resistência ao novo nascimento no dia do Finney. A mentira que “Deus controla tudo” nega a razão pelo qual Jesus veio na carne, que é a autoridade e responsabilidade que Deus deu aos humanos.
As pessoas que pensam que Deus está controlando tudo pedem que Deus cura as doenças e repreenda todo mal. Mas Jesus não ensinou seus discípulos a pedir que Deus fizesse estas coisas. Ele ensinou-os a usar a autoridade, curar os doentes e expulsar os demônios. Pedir que Deus faça o que ele nos mandou fazer não costuma ser muito eficaz.
A Biblia nos ensina a manter-se firmes, exercitar autoridade, perseverar em oração, e exercitar a fé. Não exerceremos autoridade ou obedeceremos às ordens das escrituras nas áreas em que achamos que Deus está controlando e, portanto, responsável.
Por exemplo, se você acha que cabe a Deus curar os enfermos, você pedirá a Deus que faça algo em vez de obedecer às escrituras e exercer autoridade. Então, quando nada acontecer (porque Deus já fez a sua parte e você não o obedeceu exercendo autoridade), você pensará que Deus disse “não.” Você não vai exercer fé, permanecer firme, ou perseverar. Você vai desistir.
É como pedir que Deus dirija o carro quando ele te deu as chaves. Mas não é que tudo depende de você. Deus colocou seu Espírito Santo dentro de você e é uma parceria. Quando pedimos que Deus faça tudo, estamos agindo como se seu Espírito não vivesse em nós e não nos capacitasse.
Esta é apenas uma maneira pela qual a mentira “Deus está no controle” impede os cristãos de andar na unção.
A Doutrina dos Gnósticos e Estóicos
A seita gnóstica maniqueísta chamou seus professores “os eleitos.” Negaram a vontade própria e ensinaram determinismo— a ideia que todo é pré-determinado, ou decidido de antemão. Por este motivo alguns chamam calvinismo “o neto do gnosticismo.”
O estoicismo era outra filosofia grega que influenciou alguns dos pais da igreja primitiva. Como o gnosticismo, ensinou o determinismo. Vemos o apóstolo Paulo debatendo com filósofos estoicos em Atos 17: 8.
Calvino tirou suas ideias de Agostinho, que havia sido um gnóstico maniqueísta antes de sua conversão. Embora Agostinho tenha rejeitado as doutrinas maniqueístas, ele continuou a manter muitos aspectos de seu pensamento gnóstico. Sua visão da livre vontade do homem para escolher era diferente do pensamento de todos os pais da igreja primitiva antes dele.
Jacob Arminius argumentou contra o ensinamento de Calvino. Arminius explicou que “os eleitos” eram aqueles que se arrependeram e colocaram a fé em Jesus. Calvino ensinou que “os eleitos” eram aqueles a quem Deus determinou de antemão que se arrependeriam, e assim apenas se arrependeram porque haviam sido destinados a se arrepender por Deus. Arminius, e muitos outros Cristãos, disseram que tal doutrina era o ensinamento dos gnósticos e dos estoicos.
Calvino reconheceu as acusações contra ele e Agostinho que seus doutrinas eram dos filósofos estoicas. Ele argumentou que era diferente, porque os filósofos estoicas ensinavam que tudo era predeterminado pela natureza, enquanto ele acreditava que tudo era predeterminado (controlado) por Deus.
A ideia que “Deus controla todo” não somente contrasta com a verdade revelada na encarnação, mas podemos traçar esta ideia na história diretamente á influencia dos gnósticos, que negavam que Jesus veio na carne. O Jesse Morrel concorda:
“A Igreja Primitiva disse que somente gnósticos negam a vontade própria; mas muitas denominações hoje dizem que somente heréticos a afirmam. “[2]
A verdade que Jesus veio na carne tem implicações importantes e envolve um sistema inteiro de pensar. Estamos examinando as aplicações desta verdade. Ao outro lado, a negação que Jesus veio na carne também leva a um sistema inteiro de pensar. Um estudo mas aprofundado mostra que os gnósticos negavam todo que a encarnação implica.
Em outro artigo desta série, vimos que Jesus veio como homem porque Deus deu autoridade aos homens em vez de controlar tudo. O ensinamento gnóstico, o ensino estóico e o espírito anticristo negam que Jesus veio como homem e dizem que “Deus está no controle total.”
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